A paisagem na
janela
Que me confunde
Na qual me
escrevo sem cessar
As doses
virginais de pecado
Que me esquecem
Nas quais te
enxergo a deslizar
Façam-se os
sonhos e as flores
Do mesmo barro
fúnebre
Onde seu rosto
sangra por mim
Misturem-se os
sons
Dos acordes
dissonantes da sua ilusão
E dos rios de
vileza
Que confluem
para o meu coração
Existe mais
verdade
No sangue
daquele em que cospem
Do que em toda a
soberba
Que muitos vivem
para professar
II
Não te quero
porque te amo,
Te quero porque
preciso de mim.
É a mim que vejo
quando te toco,
É a mim que
espero em teu olhar.
Quando “Eu” não
fores mais,
Não mais haverá
amor.
Haverá pena,
sofrimento, solidão
Envolvidos por
tecidos finíssimos (de desamor).
Não te ressintas
de pessoa tão lamentável:
Sou apenas um
sonho sem sonhador,
Uma flor sem
jardim...
Sou fruto da
insolúvel equação
Que mistura amor
e matéria barata:
Mais possuo,
menos sou!
Juljan Lima Palmeira
Em: 11/04/2012
3 comentários:
Mas, somos mais um com o outro.
Muito gostei! ;)
"Quando “Eu” não fores mais,
Não mais haverá amor.
Haverá pena, sofrimento, solidão
Envolvidos por tecidos finíssimos (de desamor)."
o 1º verso é lindo. o poema orbita esse verso. lindo demais
: )
Um sonho sem sonhador. Levo isto como dever de casa.
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