quinta-feira, 21 de junho de 2012

Olhos Fechados


Distante das luzes da ilusão moderna
Refaço as verdades, que me tentam vender
Em vez de moscas e de putrefação
Encontro uma luz que clama pelo brilho dos céus
Ergo os olhos então
E vejo o que não quero ser:
O homem restrito a poucas visões
(Em sua mente há grilhões?!)
Encaro este verme da atual existência
E deparo com as portas estreitas de sua mente encarcerada
Tento guiá-lo pelas largas passagens, onde campeia o amor
Mas nada consegue mover o que este mundo fossilizou
Este meu amor
Revela o que não querem ver:
O homem completo em suas paixões
(Não lhe cabem grilhões...)

Juljan Lima Palmeira – 21/06/2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

300


Off line
Virtualmente morto
É o tempo que me obriga a deixar de ser

O que é o amor
Se não o desespero de perder?
A necessidade de não ser infeliz

Nada de novo
Derrotado mais uma vez
Em um mundo de deuses e de super-heróis

Nem mesmo as valsas de Viena
Nem mesmo o colapso das funções vitais
Nada me trará de volta a quem fui

Sou empírico
Lembranças não me inebriam
A imagem do cigarro não é o mesmo que fumar

Juljan Lima Palmeira – 20/06/2012