O Sol
Indeciso
beija os
telhados
arames,
motosserras
fogos
inesquecíveis
de onde
vislumbro
a realidade
intangível
impiedosa
correm rios de
sangue
por artérias
esclerosadas
e o sol
intimida-se
dá vez à
Escuridão
das Nuvens de um
outubro
Desafinado
Fecho os olhos
odiento
sigo a estrada
da perdição
farto de
sorrisos inconscientes
farto de amores
condicionados
farto de não
poder.
Ser o quê?
Galileu ou
Barrabás?
Ouço os acordes
de uma
existência
que perdeu a fé
em si mesma
mas beijam-na
fazem-lhe
carícias
e juras de
necessidade
Para que dela
necessitam?
Para não
sofrerem?
Por que ela tem
de sofrer
Por dela
necessitarem?
Barrabás ou
Galileu?
Samurai pretendo
ser...
Juljan Lima Palmeira – 23/10/17