Aceitar você
como você é. Muito difícil em uma época na qual as padronizações estão cada vez
mais em voga.
É possível que cada um tenha a sua
verdade? Acredito que sim, desde que suas verdades não sejam ofensivas às
verdades do outro. E mesmo que sua verdade surja de um bilhão de fios textuais,
históricos, sociais, ideológicos e todo o blá-blá-blá que já conhecemos (por
mais real e importante que seja).
Estamos cada vez mais imergidos em
uma espécie de “verdade coletiva”, algo que me lembra “Subdivisions”, do Rush
(be cool or be cast out). Os grupos são definidos por comportamentos ideais e
todos os que fazem parte de um grupo específico devem se enquadrar no “ideal” (Nada mais
romântico, não acham?).
Um ponto intrigante é o seguinte:
existe vida fora do ideal. Obviamente, algumas práticas são obrigatórias,
impostas pela necessidade de sobrevivência. Mesmo nessas práticas, cada um tem
o direito de escolher seu comportamento subjetivo (repito: desde que não afete
o outro).
Encontrar o seu lugar no mundo,
peneirando as verdades coletivas e adequando-as à sua existência enquanto
sujeito e objeto da realidade pode ser a chave para uma vida mais serena.
Haja saúde.