Doença
No desespero dos
dias
De um futuro sem
cores
Um Homem se diz
sincero
Um Homem franco
atira dores
Dores suas,
sombrias flores
Projéteis
unicolores
Plenos em sua
lacuna de sabores
Disparos de
ódio, de tormento, de frustração
Criados pela
inefável ausência da Visão
(uma falha restritiva,
constitutiva do Mal
filha da viciosa
e sempre rutilante Ilusão
da certeza, que
o põe em um imundo pedestal).
Atingido pelos
disparos
outro homem caminhava
pelos destroços
da sua alma
com a pueril
inocência do escritor moderno
Este é o homem
que quer apenas ser
apesar de sua
anuência
com o fato de
que
esta é a terra
do parecer
do antissaber
dos deuses, dos
heróis, dos imortais laureados,
os quais, para
seu cinismo doentio,
encontram servos
que jantem em seu desprezível brio.
Não importam ao
voraz atirador
- em sua diabólica
pureza divina -
as dores do
homem fulminado.
Quer vê-lo a
seus pés,
rastejando como
um cão moribundo
Os estilhaços
acertam minha consciência vã
Enquanto
contemplo as belezas de um mundo plural
Diverso, Multicolorido,
Cosmopolita, Transcendental,
travado em
pequenos visores
necessários
utilitários
ainda que
limitadores...
Juljan Lima Palmeira – 10/11/17
Fonte da imagem:
14/08/15 – Acessado em: 10/11/17
Um comentário:
Feliz por você! "In spite of all the danger", seu traçado se redesenha em uma poética de luz.
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